Nossa como era bom ser criança, por volta dos anos 70/80, nasci em 1969...
Lembro-me dos dias de chuva naquele verão, colocava todos para dentro de suas casas aos domingos no dia de “rua de lazer” (as ruas eram fechadas e aconteciam várias brincadeiras, projeto da Prefeitura) e que lazer, crianças pulando corda, andando de bicicleta, jogando amarelinha, pega-pega, nossa quantas brincadeiras divertidas e saudáveis...
Crianças não ficavam dentro de casa, como hoje com toda essa tecnologia na veia, existia muita interatividade, sol, chuva, brigas -risos.
Eu tinha bonecas lindas da estrela, como a anda neném (apertava as mãozinhas ela andava), chorinho (tirava a chupeta, ela chorava), amiguinha (uma boneca grande); essa quando eu tinha por volta de uns três anos arrastava pelo cabelos, afinal era maior que eu (conta minha mãe), por todo aquele quintal enorme de terra, grama e aquela seringueira enorme que eu amava.
Morávamos eu, minha mãe, minha avó e meus quatro tios, atrás de nossa casa tinha umas galinhas, gansos e patos....uma vez fui bicada ao entrar sozinha, saí chorando e nunca mais voltei!!!
A cozinha ficava fora de casa e eu carregava meu berço de ferro prateado pra todo canto (risos), era arteira demais, viva sendo trazida pelo meu vizinho (que eu xingava) porque havia pulado o muro de casa, isso com três anos, imagina né, que coisinha peralta eu era, ainda existe um pouco daquela menina em mim, às vezes inocente, meiga, palhaça...e eu adoro isso!!!
Casa sendo demolida para uma nova ser construída!!!
Minha querida avó já falecida, vivia me livrando das surras que minha mãe queria me dar, eu sempre corria gritando “vóóó vó a mamãe quer me bater” e ela prontamente me colocava para detrás de suas costas e dizia – ah vá deixa a menina.... eu sorria aliviada!!!
Não esqueça a minha Caloi".
Alguém esqueceu?
Não. Certamente quem assistiu TV nas décadas de 70 e 80 ainda se lembra de um dos bordões até hoje mais conhecidos na propaganda brasileira, e essa campanha foi um marco da publicidade brasileira. Eu enchi a casa com esses bilhetinhos, alias eu era fã dos bilhetinhos, tudo eu escrevia pedindo e explicando porque queria, risos...Eu ganhei minha linda Caloi azul, falando nisso, na foto da casa observe a altura do degrau, eu queria ir pra rua e meu tio estava sentado nesse degrau, eu quis pular por cima dele e levei aquele tombo, na hora o galo subiu, ele correu comigo para a farmácia, eu só me lembro de ouvir o farmacêutico dizer: Não há deixe dormir!! Ele cuidou para que isso não acontecesse, mas minha mãe descuidou e eu acordei cega momentaneamente, e com a língua enrolada, me lembro bem, mas graças a Deus depois passou.
Estudava no colégio de freiras, era uma boa aluna, tirava notas boas, exceto em matemática e geografia, era fera em gramática, redação, inglês, péssima em desenho...Tínhamos aula de educação física, eu não perdia uma, jogava basquete (apesar de ser baixinha, me dava muito bem) e melhor ainda no handebol, onde joguei contra escolas, era muito divertido. Tenho excelentes lembranças dessa época que infelizmente foi interrompida, por causa de uma expulsão extremamente injusta e que mudou meu futuro, mas isso é para outro momento...Cresci aprendendo a empinar pipas, capuchetas e até barracões que meus tios faziam, tinha altas festas juninas em casa, jogava futebol com os meninos na rua, ouvia historinhas de discos infantis na vitrolinha, assistia Vila Sésamo, Sitio do Pica Pau amarelo, desenho do João Grandão, Barbapapas, brincava com bambolê na hora do “recreio” da escola....Nossa como foi bom lembrar, em como era ser criança na minha infância!!!
Bonecas que eu gostaria de ter...
Obrigada pelo convite Ingrid Strelow -- Blogagem Coletiva
“Como era ser criança na minha infância”